Nesta altura a maior parte do Bairro encontrava-se de certa forma devoluta uma vez que, atribuídas as fracções, nem todas se encontravam habitadas.
Assim foi o Bairro tomado de ocupação a qual viria a ser legalizada pelo Decreto Lei nº. 198-A/75 de 14 de Abril que no seu artº. 1º. referia:
1. As ocupações de fogos devolutos levadas a efeito para fins habitacionais, antes da entrada em vigor deste diploma, em prédios pertencentes a entidades públicas ou privadas, serão imediatamente legalizadas através da celebração de contrato de arrendamento.
O IGFSS, procedeu assim à legalização das diversas situações efectuando os respectivos contratos de arrendamento, redistribuindo as casas conforme a composição dos agregados familiares.
A partir daí em pouco mais se traduziu a intervenção do Instituto em todo o Bairro. A partir de 1994, foi proposto pelo IGF, a venda das diversas fracções, aos seus inquilinos, transferido para estes a responsabilidade pelas obras de beneficiação e pintura de que o Bairro carecia.
Foi numa reunião realizada em 30 de Maio de 1996, com o então Vereador da Camara muncipal de Sintra, responsável pelo Projecto de Requalificação Urbana, para o Bairro 1º de Maio, incluida noprocesso de candidatura ao II Quadro Comunitário de Apoio, que após enumerados alguns problemas sentidos pela população residente que foi sugerida a criação de uma Associação que fosse o porta voz dos interesses dos moradores do Bairro, no que achassem conveniente e que solicitasse o apoio ou qualquer tipo de intervenção, junto das entidades responsáveis.
Logo na referida reunião se destacaram os nomes do grupo de moradores que iriam iniciar as diligências tendentes à sua concretização.
Foram eles:
- Adelino José Silva
- Carlos Costa Henriques
- Francisco João Sequeira
- Leopoldo Amaro
- Manuel Adelino Silva
- Maria Isabel Rodrigues Pedro
- Nuno Carlos C. Cabrita e
-Luciano Farinha, que desde a primeira hora foi o responsável por tratar de toda a documentação necessária à efectivação deste projecto.
Em 12 de Agosto de 1996, já este gupo tinha eleborado o projecto de Estatutos e em comunicado solicitado à população residente, que apresentasse propostas de alteração ou desse o seu aval ao documento apresentado.
Um Mês depois a 5 de Setembro, reuniram-se os moradores que em Assembleia, iriam eleger os nomes que viriam a outurgar em 22 de Outubro de de 1996, a escritura pública da criação da Associação de Moradores do Bairro 1º. de Maio, que viria a ser publicada na 3ª série do Diário da Republica, em 13 de Dezembro, do mesmo ano.
Estavam assim dados os primeiros passos para a alteração das condições existentes e para a melhoria que se verificou a seguir.
Os responsáveis pela Associação, trabalharam afincadamente com os residentes já proprietários de algumas fracções, no sentido da constituição dos condomínios - e aqui é incluido todo o trabalho burocrático inerente - incluindo a organização e realização das primeiras reuniões de Condóminos, que tiveram lugar nas instalações da Junta de Freguesia.
Também foi com o seu esforço e grande empenho que conjuntamente com o Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e Administradores de Condomínio e Camara Municipal de Sintra, lograram a preparação do processo que viria a ser concretizado com as obras de arranjo, limpeza e pintura que deram ao nosso Bairro um ar mais sadio deixando de ser visto como um Bairro degradado como então era visto e dedignado.
A este grupo que a título gratuito desenvolveu um trabalho sem outra razão ou objectivo que não fosse o bem estar da população residente o nosso agradecimento.
1 comentário:
Parabéns pelo trabalho desenvolvido :)
Continuem.
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